terça-feira, 27 de janeiro de 2009

As coisas que você escreve
guardo-as dentro de uma caixa colorida...
Onde estão as melhores recordações da minha vida
As coisas que você escreve são as melhores recordações da minha vida.
De tempos em tempos, mantenho a caixa sempre bonita
É como se regasse certas agonias
Reviro o quarto à procura da caixa que perdi a minha vida

quarta-feira, 5 de março de 2008

Dos ataques de fúria, a recordação do teu sorriso. O que está por dentro é invisível a teus olhos, me consome de outro jeito, sem os apelos alaranjados do fogo, que já descansam na paz do meu silêncio. Hoje há em mim um reino, com todos os tons de gelo.

sábado, 20 de outubro de 2007


Ando tão desocupada
Uma casa esvaziada
Sou um pouco de tudo, no meio de nada.
Meus sentimentos não me sustentam
Meus pensamentos dançam soltos pela sala
Sou a folha que sobrou da salada
Minha face que já perdeu a vergonha
Anda calada.
Sobrou-me esse tédio incolor que maltrata.
Preciso de calor, de sol, de bom tempo.
Uma surpresa, um susto, um toque.
Qualquer coisa que me deixe corada.

As palavras me perseguem
Mas eu tenho sorte
Elas estão desgovernadas
Ainda ontem estava enjoada
Não agüento mais tanta merda
Romântica alinhada
Será que só sai isso de você?
Escreva sobre a poeira e sua dança
Mande-me catar coquinho
Faça um barquinho
Invente algo que me faça sorrir
Chorar eu já sei!
Deve ser por isso que ele foi embora
Deus que me perdoe por essa, eu tentei
Ser delicada, terna, mas não aguento mais.
Amém.

Eu não sou porra nenhuma
Quer dizer
Até isso um dia cheguei a ser uma
É eu também odeio falar
Na primeira pessoa
Você tem razão
É coisa do ego
Então falar da vida alheia
Talvez
Mas por hora me nego
Cansei
Pelo visto não só eu
Até protesto agora
Já vem cansado
Quer saber?
Vou fazer poesia
E receber agrado
Vírgulas, pontos, interrogações?
Ah vai ver se eu to lá na esquina...
Essa só foi para tirar a rima.
Ops, droga, ponto.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007


Meu processo não tem rima
Eu gosto de acordes menores
O mudo me ensina que os olhos
Dizem mais do que eu poderia dizer
A luz da insone cidade continua
Estamos em um lugar tão quente
De gente tão fria
Por isso os acordes menores
Fazem companhia
O espelho me ensina ver mais do que eu queria
Mas as flores sempre estão ali
E eu gosto de pensar que elas são minhas

quinta-feira, 11 de outubro de 2007


Entre cafés e poesias,

Vou desatando nossos laços,

Mas a tua ausência,

É forte como faço?
Entre presença,

Descompasso,

Tua dança leve,

Em outros passos.
Eu sei que estávamos perto demais,

E agora já não sei,

Por onde você caminha,

Como passou outro dia por tua retina.
Agora já não sei,Se ainda quando deita,

Pensa em mim?

Agora já não sei,

Onde me encontro,

Se nos meus ou nos teus sonhos.



O dia que você não veio
O vaso de flores permaneceu vazio
Chorei vendo filme antigo
Lembrando dos teus pedidos
Então peguei o cigarro esquecido
A meia luz ficou meio velando meu corpo
E em avisos que deu, alegou a saída!
No meu canto um vale estremecido
Da tua ausência que ainda se faz sentida
Das horas tortas, lentas quase adormecidas
De não saber se é chegada ou partida
Nestas horas choro risos
E rio lágrimas
De lembranças que me calam
Do dia que você não veio!
(Giulliana Misse & Alexandre Leeh)

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Você me antecipa
Sabe o que eu vou dizer
Sente quando eu não estou muito bem
Você prevê o sol
Deve ser mandiga ou coisa assim
Quando estou melhor eu rio
da gente
da minha aceleração
do seu riso bobo de quem já me
Conhece bem
E da sua calma que as vezes até me irrita
Essa calmaria de um rosto tão perfeito
Um peito que me abriga
As vezes penso
O que vc quer comigo
deve ser mandinga.
Hoje a tristeza veio sem graça
A melodia dos ventos
E a dança das folhas
Ficaram na estação passada
Veio arrasar a melancolia versada
É hoje a tristeza veio malvada
Tirou minha vontade
Tudo continua ao redor
Mas eu estou parada
No céu o mesmo tedioso azul claro
Mas meus olhos estão cinza
O dia amanheceu mudo
Hoje ela veio para me mostrar
Que ainda não vi nada.
Quem sabe amanhã pense em algo
Mágico
Que faça resolver
A única questão:
O amor

Que sentimento estranho
Que traz tanta paz
Que de uma hora pra outra
Faz sentido

Que revira a cabeça
Quebra conceitos
Anda lado a lado com o pecado
Multiplicado

Que sentimento abusado
Tem vários tons
È independente
Ausente
Malvado

Vai –Vem
Quando convém
Quem o conhece sabe bem
Quem não o conhece?
Desmerece
Mas um dia ele chega na porta
Sem aviso, é claro.



segunda-feira, 8 de outubro de 2007


Dores particulares
escondidas nos montes
tantos sinais
Esperando o dia
que não sirvam mais
Não se engane
seu mundo anda exposto
em cada rosto
sentimentos plurais.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007


Segundo
feito
para esconder
eu do meu mundo
Instante
que eu fico aqui
tudo igual
o mesmo ontem
muitos tropeços
não há caminho
seguro
você não veio
Cada um por si
tolice achar que não
Ainda
se pudesse
ser real
seria deliciosamente
,
má.

domingo, 2 de setembro de 2007

Silêncio Venha me habitar,
Sonhos de uma doida a palpitar,
De um coração doente a chorar.

Silêncio venha até mim,
Traga-me os pássaros da paz,
Tira meu riso e coloca-me Em luto de respostas!

Silêncio não fique a rodear,
Venha até a mim e faça parar,
Quanto mais se distancia,
Mais chances tenho de errar!

Proteger teu sono

No sonho estar ao teu lado

Apagar as luzes e

Aguçar o olfato

Na expectativa de

Reconhecer o teu cheiro

Em mim

Tornando um perfume

Clássico,

Amadeirado Em flor.

Teus são os
Lábios vermelhos
São os meus
Labirintos sem saída.

Hoje eu não vou fazer poesia

Hoje sou a crônica

A vizinha.
Hoje sou cotidiana

Quero novela, comer porcaria

Nada de velas

Hoje eu não vou fazer poesia!


Hoje eu não vou me entregar

Não vou ser tua

Não vou te amar

Hoje eu não vou fazer poesia

Hoje eu sou a moda

Sou a cor de rosa

Sou a crônica

Menina!


Não, hoje eu não sou cinza,
Densa, nem Intensa!

Hoje você não acompanhou o vinho,

À paixão ficou no fundo da gaveta,

Hoje não vai ter poesia.
Giu Missel
Teu medo me afasta
Questiono o peito
Se ele acha graça.
Tenho uma imensidão
De vontades
Descobertas
Assopros
Tenho anseio de vida
Estou com asma
Meus pulmões pedem mais
Desse vício triste deFlorbela
E desse vício doceDe Quintana
Eu me embriago,
trago
Absorvo.
Subo,
E nos cantos
Apoio os ombros
Desculpe não posso te ajudar
Eu preciso desse novo ar!
Só mais um suspiro?

Resolvi escrever-te essa noite,

Sem rimas, sem tempo, sem medo.
Como já esperava,

Cansou de desejos superficiais!

De repetidos e medrosos desejos de paz,

De encaminhados afetos sem mais.
Voltou pra cantar,

sorrir, seguir,

Passar!


Pode ser que tudo dê errado,

Que os planos não sejam mais exatos,

E os sonhos não mais intactos!
Mas só eu sei o que te faz pulsar!

O que te faz orar!

E até esse momento só eu sei,

Sorrir, seguir, passar!


Nada de certo,

Cigarros,

Alta ansiedade,

Medos, segredos,

Limites, instintos, riscos,

Vida demais.


Olhe-me de frente!
O lugar onde estou é frio!
A solidão me detém,
E corrói o que vem!
Mas à noite,
O peito mergulha,Profano!
Sonda-me,
Entrega-se Insano!
Veja a luz desse Escuro,
Mostra-me o suave engano!

Deixa-me,
No primeiro raio de sol,
Usa-me e levanta-se!
Só à noite,
Amo!


Lanças de desejo,
Acertaram-me em cheio,
Esmagando o meu peito,
Levando meu ar com desespero!
Deixando meu coração,
Escandalizado,
Trêmulo!
Palpita, suspira e exala!
Na tortura desse beijo,
Que mastiga minha fala.
Gula e sede,
Saciando-se em taças,
De sangue quente,
E já sem nexo,
veloz tinge,
Em rubros lençóis,
a marca recente!
Querendo devorar minha pele,
Desfalecer minha alma,
Tornando-me apenas e tão somente carne.
Amar um poeta é amar sonhos
É desenhar nas nuvens
esperar ansiosamente
o pranto da chuva.
Curtir outono
beber o inverno
brindar o sol do verão
e contar as flores da primavera
Viver intensamente
e morrer a cada espera
Amar um poeta é o mel mais doce
é o adocicar amargo
misturar os gostos
Amar um poeta é
ter estampado o céu no rosto!